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Mecanismo de Toxicidade [3,9,10]

A toxicidade do benzeno é expressa essencialmente na medula óssea. Os principais metabolitos reactivos responsáveis pela toxicidade incluem óxido de benzeno, metabolitos fenólicos (fenol, catecol, hidroquinona, 1,2,4-benzenotriol, 1,2 e 1,4-benzoquinona) e muconaldeído.

 

Embora maior parte do metabolismo ocorra numa primeira fase no fígado, os metabolitos serão depois transportados para a medula óssea. Neste local, na presença de peroxidases, tal como a mieloperoxidase, os metabolitos fenólicos originam compostos altamente reactivos (semiquinonas e quinonas), que estimulam a produção ROS (espécies reactivas de oxigénio) e sendo electrofílicos, têm grande afinidade para nucleófilos, tais como o DNA e proteínas.

Fig.8 - Mecanismo de toxicidade simplificado. Adaptado de [9]

Este processo aumentará o stress oxidativo, causando danos no DNA, na topoisomerase II, proteínas histónicas e na tubulina. A medula óssea ficará então exposta a:

 

 

  • formação de ligações ao DNA pelos metabolitos oxidados do benzeno;

 

  • dano oxidativo direto nas cadeias do DNA;

 

  • alteração nas microestruturas proteicas das células percursoras mielóides e linfóides, afectando directamente a capacidade destas células se replicarem e dividirem;

 

  • inibição de enzimas, como a topoisomerase II, impedindo os processos de replicação e transcrição do DNA.

 

 

 

Este conjunto de mecanismos poderão originar leucemias e anemias muito perigosas para os seres vivos.

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